Tal como previsto no início de 2019 pela ListGlobally, Portugal foi um dos países mais interessantes no mundo para os compradores estrangeiros seguindo a tendência registada em 2018. Para muitos profissionais do sector trata-se do Wealth Effect que chega realmente e em força a Portugal, impulsionado por medidas como o Tech Visa ou os Vistos Gold. Para os mais cépticos, os estrangeiros vieram apenas contribuir para a especulação imobiliária.

Os preços das casas em Portugal aumentaram 10,3% no terceiro trimestre deste ano

Nos últimos anos, o setor imobiliário é um negócio que tem crescido bastante devido aos compradores estrangeiros e devido ao regresso dos Millennials ao mercado. É ainda um setor que tem estimulado a economia portuguesa devido à criação de mais emprego e devido à receita fiscal que gera. Mas não é só de impacto financeiros que vive esta tendência. Com o aumento do investimento, sobretudo estrangeiro, também se assistiu a um florescer de zonas urbanas que estavam degradadas. Mas com este desenvolvimento, veio também o aumento do preço da habitação.

Segundo os dados do INE relativos aos terceiro trimestre de 2019, o preço das casas para habitação em Portugal aumentou 10,3%. O valor das transações de casas familiares aproximou-se dos 6,5 mil milhões de euros, mais 3,0% que no período homólogo de 2018.

Estabilização dos preços para 2020?

Se alguns profissionais esperam uma estabilização dos preços no segundo semestre de 2020, outros profissionais demonstram alguma reserva em relação a este assunto.

A realidade é que o aumento dos preços é um tema sensível e preocupante, sobretudo para os portugueses que não demonstram a mesma disponibilidade financeira que os estrangeiros. Esta realidade começa a notar-se no número de habitações transacionadas em Portugal que, pelo segundo trimestre consecutivo, diminuiu em termos homólogos.

 

A desaceleração quer do número de transações indicia que em breve também o preço final do imobiliário desacelerará. O facto é que o preço das casa tem aumentado numa proporção muito superior aos rendimentos dos portugueses, pese embora os estrangeiros representem uma importante fatia das vendas em Portugal.

Os imóveis urbanos adquiridos por não residentes em 2018 foram transacionados em média por 202 mil euros

Segundo o INE, em 2018 o valor médio dos prédios vendidos a não residentes situou-se em 171 178€, mais 58% que o valor médio das transações globais (108 016€).

 Imóveis adquiridos por não residentes, segundo o tipo de prédio, em Portugal (2017 e 2018) Imóveis adquiridos por não residentes, segundo o tipo de prédio, em Portugal (2017 e 2018) Fonte: Direção-Geral da Política de Justiça do Ministério da Justiça citado por INEM, Setembro 2019

Mas os compradores estrangeiros em Portugal – liderados pelos franceses, britânicos e brasileiros – representaram apenas 8% do número total de transações imobiliárias e 13% do valor transacionado em 2018. Se falarmos apenas das transacções que envolvem estrangeiros, falamos de um valor de 19,7%, 16,9 e 8,3% respectivamente.

Principais países de residência dos compradores não residentes, em valor transacionado (e peso no total das aquisições de não residentes) (2012 a 2018) Principais países de residência dos compradores não residentes, em valor transacionado (e peso no total das aquisições de não residentes) (2012 a 2018) Fonte: Direção-Geral da Política de Justiça do Ministério da Justiça citado por INEM, Setembro 2019

Notemos que, surpreendentemente, nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto a percentagem de valor transacionado pelos estrangeiros foi inferior à média nacional. Assim, os profissionais do sector não acreditam que estes estrangeiros tenham um efeito que incentive a especulação. Note-se que o Governo, através do Orçamento do Estado para 2020 – prevê medidas que penalizarão o regime do alojamento local e os beneficiários de vistos “gold” bem como os não residentes habituais.

O que esperar de 2020?

O cenário ideal para o imobiliário português seria o aumento da oferta de imóveis e uma procura reforçada, permitindo a redução do preço, porque evitaria quebras de dinâmica no sector imobiliário. Contudo, o orçamento prevê algumas restrições e agravamentos para os compradores estrangeiros. Por agora ainda não é claro o que vai acontecer mas vamos ficar atentos!

Contudo, nem todos os profissionais estão pessimistas. Pedro Lancastre, diretor geral da JLL, acredita que o imobiliário português vai continuar no epicentro do mundo. Prevê que grandes multinacionais vão interessar-se por Portugal e procurar escritórios. Notemos que cada vez há mais startups estrangeiras, turismo, mais estudantes, e ainda um retalho com experiências diferentes e inovadoras. Para ele, "é com muita confiança e ânimo que entramos numa nova década”.

Na ListGlobally prevemos que as medidas do Governo não terão impactos radicais no sector uma vez que Portugal continua a operar no contexto internacional. Por outro lado, e quando comparado a outros mercados, continua a ser bastante competitivo, sobretudo no que respeita aos seus preços e à qualidade de vida oferecida.

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