O governo português, juntamente com a empresa exploradora Vinci, anunciaram no dia 8 de Janeiro o memorando de entendimento para a construção do novo aeroporto do Montijo.

Entre o anúncio da concretização do projeto e a sua inauguração distam apenas alguns anos, porém os efeitos no sector imobiliário já se começam a sentir. Neste artigo, fique a conhecer melhor o projeto e aspetos relevantes em termos de investimento imobiliário.

 

Um novo aeroporto para responder ao crescimento do número de passageiros em Lisboa

O aeroporto de Lisboa encontra-se no limite da sua capacidade e por esse motivo, urge encontrar uma forma de ampliar a capacidade para receber passageiros e mercadorias por via aérea.

A solução encontrada foi a ampliação do aeroporto atual e a adaptação de um aeroporto militar existente no Montijo, mais precisamente na freguesia de Samouco, para fins de aviação civil, tornando-se assim num aeroporto complementar ao de Lisboa.

Porquê o Montijo?

Se é verdade que é bastante ter um aeroporto no centro de Lisboa, também é verdade que ter um aeroporto o mais perto do centro de lisboa constitui uma vantagem. Assim a escolha do Montijo prende-se com a sua proximidade à capital.

O tempo de deslocação do mesmo até à cidade será bastante reduzido (entre 30 a 45 minutos). No total, segundo a ANA Aeroportos,  o investimento será de de 1,15 mil milhões de Euros, dos quais 500 milhões se destinam às novas infra-estruturas no Montijo.

Novo aeroporto do Montijo Fonte: Estudo de impacto ambiental

Segundo a estimativa da Pordata, o concelho do Montijo tinha, no final de 2017, 56 305 habitantes e possui um território descontínuo. É limitado por concelhos como a Moita, Palmela e Alcochete.

É relevante mencionar que está a ser realizado um estudo de impacto ambiental e que, o primeiro ministro, António Costa, referiu que o aeroporto “não se fará se o estudo de impacto ambiental não o permitir fazer”.

 

Os efeitos no imobiliário já se começam a sentir

Segundo o INE, o preço das casas no Montijo aumentou cerca de 30% entre o primeiro trimestre de 2016, altura em que se começou a falar do Montijo como opção para o aeroporto, e o terceiro trimestre de 2018. Nos concelhos vizinhos também existiu um aumento dos preços nesse mesmo período. No terceiro trimestre de 2018, o preço médio por metro quadrado no Montijo era de 993€.

Devido ao potencial da Margem Sul, podemos ver o aparecimento de novos empreendimentos de luxo. Um dos exemplos encontra-se em Alcochete, onde está a ser concluído um empreendimento imobiliário de luxo, chamado “Praia do Sal”, sendo que já se encontra vendido a 80%.

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Outro empreendimento de luxo na zona de Alcochete é o Tagus Bay, que se encontra em fase de lançamento, e já está vendido em 15%. Este é um empreendimento com uma construção amiga do ambiente e que conta com 3 piscinas, biblioteca, espaço de co-work, ginásio, etc.

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Apesar de não se poder atribuir o aumento dos preços unicamente ao anúncio da construção do novo aeroporto, é certo que este tem uma contribuição positiva para estes números.

Desenvolvimento de infraestruturas adjacentes

Com a instalação do novo aeroporto, existem já algumas infraestruturas adjacentes anunciadas como uma ligação de 5 km do mesmo até à Ponte Vasco da Gama, intervenções no cais fluvial, e também a criação um shuttle entre o terminal e o cais de Seixalinho. No que diz respeito às empresas, segundo Nuno Canta, Presidente da Câmara Municipal do Montijo, vai ser aumentada a área industrial do Pau Queimado, no Montijo.

Isto vem, de certa forma, responder às necessidades de empresas que se terão que instalar nessa zona devido ao aeroporto, como os operadores logísticos internacionais que têm planos para se instalar o mais próximo possível do novo aeroporto.

 

Ainda não é tarde para os estrangeiros que procuram um bom negócio

São cada vez mais as notícias que referem a Margem Sul do Tejo como a nova zona residencial para estrangeiros perto da capital. As razões apontadas para isso são a proximidade com Lisboa, que já não tem espaço para crescer, e onde os preços do imobiliário são muito elevados, e um menor nível de trânsito e confusão, o que melhora a qualidade de vida.

Em frente ao Fórum Montijo, por exemplo, estão a surgir vários empreendimentos que podem ser a próxima casa dos seus clientes estrangeiros como o projeto Portas do Montijo com tipologias T2, T3 e T3+1. Ainda existem apartamentos para venda e os preços são de 230 mil euros para os T2, de 325/350 mil euros para os T3 e os T3+1 são vendidos a partir de 400 mil euros.

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Ainda no Montijo, podemos encontrar também o empreendimento Pinus Urban Garden, cujo primeiro prédio deve estar concluído no final deste ano. Os T2 serão vendidos a partir de 190 mil euros, os T3a partir de 280 mil euros e os T3+2 a partir de 410 mil euros.

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O aumento dos compradores estrangeiros na região

Segundo a consultora JLL , 2018 foi um ano recorde para o imobiliário, com um investimento no setor comercial de cerca de 3,3 mil milhões de Euros. Desse total, cerca de 94% do investimento foi feito por estrangeiros.

Ainda segundo um estudo feito pela PwC e pelo Urban Land Institute em 2018 , em 2019 Lisboa será considerada como o principal destino de investimento imobiliário na Europa. Isto vai certamente trazer novos residentes estrangeiros também para os concelhos vizinhos.

Não se deve esquecer que, em geral, Portugal é considerado um país muito seguro e que recentemente tem apresentado um bom desempenho económico. Por outro lado, os autarcas locais estão empenhados em acolher pessoas de outras nacionalidades e empresas nos seus municípios.

As oportunidades de emprego para estrangeiros

O aumento do comércio devido ao aeroporto também vai, certamente, criar muitos empregos. Sabe-se também que a empresa farmacêutica Hovione vai abrir uma unidade no Seixal e contratar cerca de 200 pessoas altamente qualificadas. Desse total, certamente existirão várias pessoas estrangeiras que precisam de alojamento perto do local.

Finalmente, as startups tecnológicas têm florescido em Lisboa com o impulso dos eventos anuais da Web Summit na capital portuguesa, bem como com o aparecimento de muitas novas incubadoras de empresas e espaços de coworking. Já se fala mesmo em “Hub Tecnológico de Lisboa” e existem muitos estrangeiros a trabalhar nestas novas empresas.

Além disso, entrou em vigor no início de 2019 o novo Visa Tech que visa facilitar a entrada no país de recursos humanos altamente qualificados da área tecnológica, oriundos de países que não pertencem à União Europeia. Todas estas pessoas precisam de habitação e, como os preços na capital são bastante elevados, isso vai levar a que procurem as zonas limítrofes de Lisboa

Por todos estes motivos, perspetiva-se uma grande procura desta zona por parte de clientes estrangeiros e, assim, vão certamente existir muitas oportunidades de negócio para os agentes imobiliários.

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